Ali, às terças-feiras, entrou em contato com as aulas de filosofia ministradas pelo saudoso mestre prof. Aluizio Lopes de Brito, que anos antes havia coordenado os trabalhos que levaram à criação do código de ética profissional dos psicólogos brasileiros. Às quarta-feiras, o encontro era com a prof. Dra Josevânia Silva, que magistralmente se esforçava para sintetizar o percurso histórico da psicologia enquanto ciência e profissão; a rotina de estudos terminava às sextas-feiras, com as aulas práticas no laboratório de neuroanatomofisiologia.

Aos fins de semana costumava frequentar o interior do Estado. E foi assim, entre os trabalhadores do campo e seus balaios de macacheiras, as feiras de Jacaraú e Lagoa de Dentro e as festas do São João paraíbano, que o interesse pela psicologia social em comunidades despertou. De volta a sua cidade natal, no Rio de Janeiro, deu prosseguimento aos estudos psicológicos, mas, foi o contraste característico da desigualdadel social na cena carioca que o levou a participar dos Encontros Nacionais e Regionais da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO). Deste modo, os deslocamentos cotidianos entre o conjunto de favelas da Maré, onde morava, e o prédio do Insituto Brasileiro de Medicina de Reabilização, na zona sul do RJ, passaram a compor o quadro da conjuntura que o levou a engajar-se num caminho de olhar crítico sobre as práticas clínicas, a educação e a intervenção psicossocial. Caminho este que o levou à Escola Superior de Educação de Viseu e ao ingresso na Ordem dos Psicólogos Portugueses…